Pratos pequenos podem não corresponder a porções menores

02/04/2015 12:01

Estudo publicado no encontro científico anual da Sociedade Psicossomática Americana

As sugestões visuais não são sempre eficazes quando aplicadas ao combate à obesidade infantil, sugere um estudo norte-americano.

O estudo conduzido por pesquisadores em psiquiatria da Universidade de Connecticut, EUA, indicou que a técnica de consumir refeições em pratos menores, pode ser particularmente ineficaz em adolescentes com excesso de peso.

Para o estudo, a equipa que incluía os pesquisadores Lance Bauer, Victor Hesselbrock e Jonathan Covault daquela instituição de ensino, contou com a participação de 162 mulheres com idades ente 14 e 18 anos, que foram classificadas segundo o índice de massa corporal (IMC). 

Os pesquisadores testaram a capacidade de atenção das participantes e questionaram-nas sobre a percepção das mesmas em relação ao tamanho médio de uma porção a variados tamanhos de pratos e obtiveram um resultado surpreendente.

Foi verificado que, "de forma geral, as adolescentes com excesso de peso ou obesas, prestavam menos atenção do que as com peso normal a sugestões visuais de diferentes tipos”, revelou Lance Bauer.

“Este achado sugere que mudar o tamanho do prato poderá ser menos eficiente do que pensávamos. Sugere também que o fato de lhes apresentarmos gráficos detalhados com resumos das regras de uma dieta ou da contagem de calorias, poderá ser também menos eficaz do que desejaríamos”.

O pesquisador avança ainda que “tem-se presumido que os consumidores com excesso de peso ou obesos não sabem calcular o tamanho de uma porção de comida, e assim comem mais – particularmente se a comida for apresentada num prato grande ou num recipiente grande”. Por isso “recomenda-se frequentemente que esses consumidores utilizem pratos pequenos para vencerem a ilusão”.

 

Lance Bauer afirma que “os resultados do estudo sugerem que uma educação alimentar nos adolescentes com excesso de peso ou obesos, deveria ser clara, simples, repetida e interessante”.

 

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.