Alimentação no Primeiro Ano de Vida

 

A prática alimentar no primeiro ano de vida é a base para a formação dos hábitos alimentares da criança. Segundo VITOLO (2003), esse período pode ser dividido em duas fases: antes dos seis meses e após os seis meses.

Nos primeiros seis meses de vida, recomenda-se a amamentação exclusiva, fortalecendo o vínculo mãe/bebê, protegendo a criança contra doenças, possibilitando o ganho de peso para o bebê, assim como um desenvolvimento das estruturas orais envolvidas no ato de sugar (VITOLO, 2003). É importante orientar a nutriz que nessa primeira fase a criança não precisa ingerir água, chá, suco ou qualquer outro alimento, pois o leite materno oferece todos os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento e crescimento da criança.

A partir dos seis meses de vida, a tolerância gastrointestinal e a capacidade de absorção de nutrientes atingem um nível satisfatório proporcionando maior adaptação física e fisiológica para uma alimentação variada quanto a consistência e textura (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

A introdução de alimentos no primeiro ano de vida deve ser lenta e gradual, pois a criança tende a rejeitar as primeiras ofertas de alimentos, pois a textura e sabor são diferentes do que era oferecido antes. A oferta dos alimentos deve ser realizada nos períodos em que a criança esteja com vontade de comer, e, caso não se sinta saciada, oferecer o leite materno.

A partir dos 6 meses de vida ofertar 3 refeições ao dia, recomenda-se 2 papas de frutas e 1 papa salgada se estiver recebendo o leite materno. Preferencialmente nos seguintes horários: meio da manhã, almoço e meio da tarde. Caso a criança esteja desmamada, ofertar 5 refeições ao dia nos seguintes horários: início da manhã, meio da manhã, almoço, meio da tarde e início da noite (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

Segue abaixo tabela com esquema alimentar para crianças menores de 2 anos:

FONTE: Ministério da Saúde, 2009.

 

Os alimentos oferecidos no início da alimentação complementar devem ser espessos, obtendo consistências pastosas (purês e papas) e aumentando gradativamente a consistência da refeição até que os mesmos alimentos preparados para a família sejam oferecidos para a criança (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

Alimentação Saudável para Crianças menores de 2 anos 

Siga os 10 Passos

01- Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos.

02 - A partir dos 06 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros ali­mentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

03- A partir dos 06 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, legumino­sas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cin­co vezes ao dia, se estiver desmamada

04- A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em in­tervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.

05- A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com con­sistência pastosa (papas / purês) e, gra­dativamente, aumentar a sua consistên­cia até chegar à alimentação da família.

06- Oferecer à criança diferentes ali­mentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

07- Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições

08- Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salga­dinhos e outras guloseimas, nos primei­ros anos de vida. Usar sal com modera­ção.

09- Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garan­tir o seu armazenamento e conservação adequados.

10- Estimular a criança doente e con­valescente a se alimentar, ofere­cendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

 

Fonte: Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição – Ministério da Saúde.